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Para protestar contra o assédio moral e perseguições políticas praticadas por
algumas chefias do INSS em Piracicaba, servidores de todo o estado de São Paulo
realizaram ato público, em 27 de janeiro de 2012, em frente a Gerência Regional.
Por volta das 13 horas os manifestantes começaram a expor o repúdio do
Sinsprev/SP as perseguições políticas desencadeadas na localidade,
principalmente contra o servidor e diretor da Delegacia Regional do Sindicato
na região, Mário Jorge Ferreira, que está respondendo a dois PADs, sendo um
para demissão, por sua atuação enquanto sindicalista.
Os servidores expuseram que o assédio moral é um crime diante dos direitos
humanos e é praticado por uma máfia que quer acabar com os direitos da classe
trabalhadora, obrigando-a a produzir cada vez mais, não se importando se isso
afeta sua saúde física e mental. Classificaram esse tipo de atuação como
terrorismo de estado.
O Sinsprev/SP declarou que sempre estará presente nos locais em que os
trabalhadores sofrem perseguições, como vem ocorrendo agora na Gerência de
Piracicaba, denunciando o fato à população e a imprensa, bem como atuando junto
à administração. Informou que está solicitando audiência com o ministro da
Previdência Social, Garibaldi Alves, para tratar especificamente da situação de
Piracicaba.
O ato público chamou a atenção da população e da imprensa local. Dois jornais
da cidade e uma emissora de televisão compareceram para realizar a cobertura da
manifestação dos servidores.
Segurados
O Sinsprev/ também abordou que a categoria é contra a alta programada imposta
pelo governo e que tem prejudicado os segurados, obrigando-os a retornarem ao
trabalho sem que haja condições físicas para tanto. Também colocou que a falta de
servidores é um dos principais fatores para que o INSS não atenda com a rapidez
que o segurado necessita e tem direito.
Agressões
Para entregar um documento ao gerente Regional, Antônio Carlos
Lima, os servidores comunicaram aos seguranças que entrariam no prédio da
Gerência do INSS. Um dos seguranças informou que teriam de aguardar
autorização, porém essa autorização não foi dada. Os manifestantes insistiram
que são servidores e que têm o direito de entrar nas instalações do Instituto.
O vigilante tentou agredi-los fisicamente, mesmo assim, os servidores entraram
na Gerência, entoando palavras de ordem e de apoio ao sindicalista Mário Jorge
Ferreira.
O gerente recebeu o Sinsprev/SP enquanto os demais manifestantes aguardavam nos
corredores do Instituto. O Sindicato entregou-lhe documento relatando todo o
histórico do assédio moral contra o servidor Mário Jorge Ferreira, bem como
exigindo a suspensão dos processos e a formação de uma comissão de servidores
para que sejam garantidos os direitos políticos e sociais do dirigente
sindical.
Antônio Carlos Lima se comprometeu a encaminhar esse documento ao
ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, ao secretário Executivo
do Ministério da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, ao presidente do
INSS, Mauro Hauschild e a superintendente do INSS em São Paulo, Dulcina de
Fátima Golgatto Aguiar.