terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Mesmo infartado Duvanier teve atendimento negado em dois hospitais não conveniados a Geap


     Na noite em que sofreu infarto agudo do miocárdio, 19 de janeiro de 2012, o secretário de Recursos Humanos  do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, teve de percorrer três hospitais em Brasília em busca de atendimento de emergência. Nos dois primeiros (Santa Lúcia e Santa Luzia), teve o atendimento negado, uma vez que esses não são conveniados com a Geap. Quando os primeiros socorros foram prestados pelo Hospital Planalto, o quadro já estava avançado e os médicos não conseguiram reanimá-lo.
    Duvanier, mesmo sendo secretário de Estado com status de ministro, foi vítima da mercantilização da saúde brasileira. Se um secretário de Estado com status de ministro tem um atendimento (ou falta dele) como esse, o que a população pode esperar quando procura as unidades de saúde que, independentemente de convênios, têm a obrigação de atender casos de emergência?
    Para agravar, o seu convênio era o da Geap, cujo sucateamento o movimento sindical vem denunciando ao longo dos últimos anos, sem que o governo tome qualquer atitude que realmente permite aos servidores públicos um atendimento de qualidade.
    Como Duvanier integrava os primeiros escalões do governo é provável que o caso seja levado adiante e os culpados por não prestarem socorro sejam punidos, porém situações como essa se repetem diariamente sem que o governo realmente intervenha, promovendo uma política de saúde pública que realmente atenda toda à população. Ao contrário, a sua privatização tem se concretizado paulatinamente por meio das Organizações Sociais e Fundações Estatais contratadas para gerir as unidades públicas de Saúde.

Nenhum comentário:

Postar um comentário